Rodolfo Landim voltou a falar da saída de Jorge Jesus do Flamengo para o Benfica, no verão de 2020, após ter renovado com o Mengão. Numa entrevista ao 'Charla Podcast', o presidente do 'Fla' confessou ter ficado desconfiado com um pedido do técnico português no momento das negociações para prolongar o vínculo.
"Dizerem que fiquei feliz quando ele apanhou o avião e foi para lá... não fiquei nem um pouco. Tínhamos falado com ele. Comecei a desconfiar porque tinha umas cláusulas no contrato, alguns detalhes. Ele queria receber um prémio de assinatura... aquilo para mim era um dinheiro que deveria ser devolvido ao Flamengo caso ele não cumprisse o contrato até ao fim. Coloquei a cláusula no contrato, mas o empresário dele não queria. Queria que recebesse o prémio de assinatura e que, no dia seguinte se fosse embora, eu perdia o dinheiro. Disse que não aceitava", disse Rodolfo Landim, acrescentando:
"Eu fiz questão que ele assumisse com a equipa esse compromisso de ficar antes de assinar o contrato. Mas ele acabou por ir embora e eu fiquei naturalmente chateado. Perdemos um técnico que estava a dar certo e perdemos tempo. Dizer que por causa disso nunca mais iria contratá-lo... isso é mentira. Pelo contrário. O Jorge continuou a manter contacto com a equipa técnica, os jogadores, mandava sempre mensagem a dizer que tinha saudades."
Apesar de ter ficado insatisfeito com toda a situação, Rodolfo Landim voltou a tentar o regresso de Jorge Jesus no final de 2021, algo que, como diz, acabou por não dar certo devido a uma declaração de João de Deus, então adjunto do técnico amadorense no Benfica. "Houve um jogo em que o Jorge Jesus estava suspenso. Depois do jogo, na conferência, o João de Deus disse que a possibilidade de irem para o Flamengo era infundada e que iam ficar até ao fim do contrato. Nesse momento seguimos a nossa vida e acabámos por contratar o Paulo Sousa", conta.
Dias depois, recorde-se, Jorge Jesus acabaria por rescindir com o clube da Luz.