Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e ex-coordenador de seleções da CBF, abordou a possibilidade de assumir novamente o cargo na Confederação Brasileira de Futebol. Ele afirmou que não recebeu convite do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e nem se ofereceu para retornar ao cargo. Andrés destacou que não há compromissos firmados nesse sentido:
"Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, não me convidou, nem eu me convidei. Ele perguntou o que eu achava e eu falei. Falo com ele de vez em quando, mas não me convidou. Não tinha compromisso nenhum comigo", disse.
Sobre a perspectiva de assumir a direção de seleções, Andrés indicou que faria uma espécie de "revolução". Na visão dele, jogadores veteranos como Neymar, Casemiro e Marquinhos não seriam convocados, e a seleção seria montada com atletas de 23 anos, visando a Copa do Mundo de 2026. Ele argumentou que o Brasil não tem mais o melhor time do mundo e defendeu a formação de uma equipe competitiva com jovens jogadores:
"Acho que nós não temos mais o melhor time do mundo. Pelo contrário, hoje estamos na 5ª, 6ª ou 7ª força do mundo. E nós, brasileiros, não temos coragem para admitir isso. Sempre falei ao presidente da CBF: temos que montar um time competitivo. Neymar, Casemiro, Marquinhos: não vem para a seleção, não precisamos deles agora. Vamos montar um time competitivo, com garotos até 23 anos, que lá em 2026 vão estar com 26, 27 anos. Se lá em 2026 o Neymar, o Casemiro, o Marquinhos, o Alisson e outros estiverem bem, a gente traz para a Copa. Você acha que precisa disputar as eliminatórias? Se jogar com juvenil, vai classificar. Então, vamos montar um time, uma equipe para competir com os europeus. Enquanto não reconhecermos isso, vamos continuar caindo para eles nas quartas de final", admitiu.
Andrés Sanchez deixou a direção de seleções da CBF em novembro de 2012 e foi eleito deputado federal por São Paulo em 2014. Ele também comentou sobre Tite, dizendo que quando o Corinthians precisou, o treinador fechou as portas, mas não criticou a decisão de Tite de ir para o Flamengo:
Leia também: "Ancelotti? Só um louco sairia do Real Madrid. O único louco fui eu""Quando Tite precisou, o Corinthians abriu as portas para ele. Quando o Corinthians precisou, ele fechou as portas. Mas também não critico, tem direito de ir para onde quiser. O Duílio me garantiu que agora, antes do Mano, não procurou o Tite. Procurei o Tite bem antes, quando saiu o Vítor Pereira, o Lázaro, o Sylvinho. E o Tite falou que não ia trabalhar em 2023. Agora, quando saiu o Vanderlei, ele Duilio foi direto no Mano. Quando ele veio em 2010, não tinha assinado lá na Arábia. Era até um compromisso porque ele foi mandado embora injustamente pelo Kia e o Alberto Dualib, ex-presidente. Me senti traído também, então tinha o compromisso de trazer ele. Trouxe em 2010, ficou seis jogos, ganhou cinco e perdeu um, contra o Tolima. Não tinha culpa de nada. A culpa era minha e dos atletas, ele estava lá há 20 dias", resumiu.
Além disso, Andrés revelou que assumirá o cargo de diretor de futebol do Corinthians caso André Negão vença a eleição presidencial do clube, que está marcada para sábado (25). Ele concorre com Augusto Melo.
